"Minha mãe estava surtando com a chegada do meu aniversário. Não era porque eu iria ficar mais velha, mesmo essa sendo a coisa mais sensata que uma mãe poderia fazer nesse momento, mas sim pelo fato de que, ao completar meu decimo sexto aniversário, poderia fazer o teste que decidiria se eu entraria para a sociedade, ou se eu seria excluída permanentemente dos valores atuais. Eu não sabia se ficava feliz com a possibilidade de ter puxado a anomalia de meus pais, ou se ficava triste por não herdar o defeito que me tornaria importante hoje em dia. Eu nunca mencionei a ela que estava pensando que caso eu fosse uma natural, iria fugir para as colinas junto com o grupo de refugiados. Talvez fosse melhor ela não saber, isso iria decepciona-la profundamente. Mas eu tinha que considerar a possibilidade, eu poderia ser humana."
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